Não
votar em candidato sem ficha limpa e tomar cuidado com candidato que
diz defender a vida, a família e a moral cristã, mas pratica o nepotismo
e a corrupção. Os sacerdotes devem ficar fora de qualquer envolvimento
político-partidário, limitando-se a orientar os fiéis sobre os aspectos
ligados à cidadania e ao direito do voto como expressão máxima da
democracia brasileira.
Esses
são os posicionamentos da Igreja Católica com relação às eleições
municipais deste ano, anunciado ontem durante entrevista coletiva, pelo
arcebispo de Natal, dom Jaime Vieira Rocha, após participar da 50ª
Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, realizada em Aparecida (SP), no
período de 18 a 26 de abril.
Dom
Jaime destacou o significado das 50 assembleias realizadas pelo
episcopado brasileiro, ao longo desse meio século (anualmente, todos os
bispos do Brasil se reúnem em Assembleia, para tratarem de assuntos de
interesse da Igreja Católica e da sociedade).
O
encontro reuniu 335 bispos do Brasil que discutiram além das eleições
municipais, a reforma do Código Penal, aprovação do aborto de
anecéfalos, o desafio de conter o avanço do crack e as comunidades
quilombolas.
No
encerramento da 50ª Assembleia Geral, a Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil (CNBB) apresentou uma mensagem de orientação a todos os fiéis
para orientá-los no exercício da cidadania nas próximas eleições
municipais.
Segundo
a nota apresentada por dom Jaime, a CNBB aconselha aos eleitores
atentarem para o currículo dos candidatos, “que têm de ter ficha limpa” e
recomendou a leitura de cartilha preparada pelo Conselho Nacional do
Laicato Brasil, Comissão Brasileira de Justiça e Paz, Centro Nacional de
Fé e Política Dom Helder Câmara e Pastorais Sociais sobre as eleições.
“Ajudam-nos
nessa tarefa as leis de iniciativa popular 9.840/1999, contra a
corrupção eleitoral e compra de votos e 135/2010, conhecida como a Lei
da Ficha Limpa, cuja constitucionalidade foi confirmada pelo Supremo
Tribunal Federal. Aos eleitores cabe ficarem atentos para a ficha dos
candidatos e espera-se da sociedade uma mobilização em torno da
necessidade da ficha limpa ser aplicada também aos cargos
comissionados”, diz a nota da CNBB.
Fonte: DN Online
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